domingo, 10 de julho de 2011

DE VIDEOGAMES A PRINCÍPIOS


Sempre gostei de vídeo games.

Desde pequeno, quando só havia o Atari 2600, eu, meu irmão e meus primos, passávamos muitas horas nos divertindo. Megamania, Sea Quest, River Raid, Pittfall e muitos outros jogos (que só fazem sentido para quem tem mais de trinta anos) foram os motivos dessas horas felizes. Mas o tempo passou e deixei a diversão um pouco de lado para dar lugar às responsabilidades (que chegaram cedo!).

Depois de adulto, comprei o meu primeiro computador e descobri que os jogos para PC eram muito melhores que os jogos do velho Atari 2600. Como o dinheiro era curto e não me permitia comprar os lançamentos, passei a comprar revistas sobre jogos que traziam CD’s ou com versões de demonstração ou com o jogo completo. De uma forma ou de outra, eu matava a saudade dos jogos da infância.

Pouco tempo depois (e com alguns trocados a mais no salário), pude comprar jogos que estavam em promoção. Comprava um jogo a cada três ou quatro meses e me divertia muito nos poucos minutos que tinha disponível entre um turno de trabalho e outro. Nessa época, um tipo de jogo pelo qual tive uma predileção evidente foram os simuladores. Carros de corrida, naves, barcos e, principalmente, os simuladores de voo.

Comprei um simulador de voo chamado F22 que era o que havia de mais realista até então em matéria de jogos de aviões. Era um jogo complexo cujo aprendizado era demorado, mas eu estava resoluto a aprender a controlar aquele caça. Segundo o fabricante do jogo, a simulação era idêntica às condições enfrentadas por um piloto em uma aeronave de verdade o que me deixava mai ansioso para chegar aos níveis de combate aéreo o mais cedo possível.

Para “facilitar” o aprendizado o game era composto por diferentes missões incluindo a missão de pouso e decolagem (que, obviamente, ignorei por querer aprender logo a controlar o avião em combate) e as missões de combate aéreo propriamente dito.

Nem preciso dizer que fiquei muito bom no combate, mas eu tinha uma fraqueza que me impedia de completar cada uma das missões: eu não sabia pousar o avião!

Minha ansiedade de derrotar o adversário não me permitiu ver que eu não estava pronto o suficiente para o combate. De nada adiantava eu abater todas as aeronaves inimigas se, logo em seguida, eu destruía a minha própria aeronave. Se não fosse uma simulação, eu seria um excelente piloto DE UMA SÓ MISSÃO!

Na vida espiritual cometemos erros parecidos com os que eu cometi com o simulador de voo: queremos entrar logo em “combate”, mas nos esquecemos de aprender uma coisa fundamental: PRINCÍPIOS.

A Palavra de Deus nos mostra que, quando aprendemos princípios, nossa caminhada espiritual se torna menos árdua e um princípio a ser aprendido por todos aqueles que anseiam por enveredar na batalha espiritual é o da armadura de Deus.

A carta aos efésios no capítulo seis nos fala de todas as peças da armadura de um servo de Deus

Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6:13 – 17)

O cuidado de Deus com seus filhos é tão grande no que tange a nossa proteção em combate que, primeiro, o Senhor lista todas as armas de defesa que precisamos aprender a manejar (note a importância que Ele dá ao escudo!) para somente depois nos entregar uma arma de ataque: Sua palavra.

Jesus não deseja que sejamos guerreiros de uma só batalha. Ele não quer que depois de termos subjugado e vencido demônios sejamos derrotados por inimigos aparentemente menos agressivos: a mentira, o julgamento injusto, o cansaço espiritual e a falta de fé.

Os planos de Deus para nós são os mesmos que Ele teve em relação ao Apóstolo Paulo:

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2Tm 4:7)

O Senhor Jesus nos quer voando alto em nossa vida espiritual, vencendo os adversários espirituais que se opõem a nós e, por último, retornando seguros aos braços do Pai sem o medo de não saber fazer uma aterrissagem segura.

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